Quando se fala em cirurgia bariátrica, é comum surgir algumas dúvidas em relação aos custos envolvidos no procedimento. A operação traz uma série de exigências, que podem fazer com que o paciente desembolse mais do que o esperado.
Segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, em 2021, foram realizados mais de 58 mil procedimentos, contabilizando apenas os realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde indicados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O número é ainda maior se levarmos em conta as operações em clínicas particulares. O que mostra que a medicina avançou muito, trazendo mais segurança e acessibilidade ao procedimento, que atualmente pode ser realizado através de diferentes sistemas.
Neste post, você vai descobrir quanto custa, em média, uma cirurgia bariátrica, onde é possível realizar o procedimento, e os detalhes que envolvem o pré e o pós-operatório, incluindo a suplementação vitamínica com a linha para bariátricos da Belt Nutrition. Acompanhe!
Custos preparatórios para a cirurgia
Os gastos relacionados à bariátrica começam antes mesmo do procedimento ser agendado. Por ser, geralmente, uma operação muito invasiva para o paciente, é necessário que uma série de avaliações sejam conduzidas para garantir a segurança e o sucesso da cirurgia.
Consulta com o médico
A primeira etapa da análise pré-operatória é a consulta com o cirurgião especializado em bariátrica. Ele fará uma avaliação criteriosa do caso, investigando o histórico familiar do paciente, seu estilo de vida, os hábitos alimentares e a presença de doenças pré-existentes relacionadas à obesidade.
Se a consulta for feita em uma clínica particular, isso significa que o gasto poderá variar muito de acordo com a especialidade e o tempo de experiência do profissional. Médicos que são referência no meio, podem cobrar mais de R$600 por consulta.
Exames pré-operatórios
Depois de ser avaliado pelo cirurgião bariátrico, a próxima etapa no pré-operatório é a realização dos exames solicitados. Eles podem ser feitos na rede pública, particular ou através dos planos de saúde.
É importante lembrar que os planos não costumam cobrir totalmente o valor dos exames físicos e laboratoriais. Portanto, os pacientes que contratam o modelo com coparticipação, devem levar em consideração em seu planejamento financeiro, que uma porcentagem do valor de cada exame será cobrado junto com a mensalidade.
Avaliações médicas
Parte importante no pré-operatório é também a avaliação clínica de algumas especialidades, como cardiologia, endocrinologia, pneumologista, nutricionista, psicólogo e até mesmo fisioterapeuta.
Cada um deles é responsável por analisar um aspecto importante para a realização da bariátrica, garantindo que o paciente está fisicamente e psicologicamente pronto para esta mudança drástica em sua aparência e estilo de vida. O objetivo é assegurar que o procedimento seja feito com máxima segurança e garantir o sucesso da operação a longo prazo.
Assim como no caso do cirurgião bariátrico, o valor da consulta com todos esses profissionais pode variar muito e é capaz de pesar no orçamento de quem pretende realizar o procedimento na rede particular ou através dos planos de saúde.
Quanto custa uma cirurgia bariátrica?
Essa é a pergunta que não quer calar. Como comentamos no tópico anterior, não existe apenas o custo do procedimento cirúrgico em si.
Diversos cuidados indicados no pré-operatório, geram custos significativos para a bariátrica e interferem no valor final do procedimento, principalmente para pacientes da rede particular ou com planos de saúde que não cobrem 100% das despesas.
É importante lembrar também que, apesar do procedimento ter um custo fixo em diversos sistemas, ele pode variar de acordo com o local em que a cirurgia será realizada, as necessidades do paciente e o tipo de operação escolhido para a redução do estômago.
Para começar a definir o valor de uma bariátrica, deve-se levar em conta que existem quatro tipos de procedimentos disponíveis atualmente: :
- Derivação Biliopancreática: retira-se 85% do estômago, e é feito um desvio intestinal em seguida;
- Gastrectomia Sleeve: entre 70% e 85% do estômago é retirado, formando um tubo estreito;
- Gastroplastia Bypass: reduz em até 90% a capacidade total e desvia a passagem para o duodeno;
- Banda Gástrica: um dispositivo ajustável, feito em silicone, é colocado no estômago para reduzi-lo.
A decisão sobre o tipo de procedimento pode variar muito, de acordo com o quadro clínico do paciente e o sistema em que a cirurgia será realizada. A operação poderá ser feita através de três canais: em uma clínica particular, pelo plano de saúde ou pelo SUS. Aqui, vamos falar mais sobre cada um deles:
Particular
No particular, o custo de uma cirurgia bariátrica está muito atrelado ao porte da clínica, o tempo de experiência e as especialidades do cirurgião, assim como a região em que o consultório está localizado.
Características clínicas individuais do paciente e o método cirúrgico que será empregado também interferem muito no preço final, já que ⅔ dos valores servem para cobrir os custos hospitalares, que incluem a internação, os equipamentos e as medicações no pré e pós-operatório.
Em média, na rede particular, o custo de uma cirurgia bariátrica pode ficar entre R$20 e R$40 mil. Essa é a faixa de valor mais praticada no mercado, pensando não só nos honorários do médico cirurgião, mas em toda estrutura que esse procedimento requer.
Plano de saúde
Como indicamos no início do texto, outra opção disponível é através dos planos de saúde. Nesses casos, cabe ao paciente checar como o procedimento é atendido dentro do plano contratado.
Em alguns formatos, os planos oferecem a cobertura total da cirurgia, enquanto em outros, contam apenas com um subsídio para uma parcela da operação. O valor restante costuma ser cobrado junto com a mensalidade do plano e, na maioria das vezes, não é parcelado.
Todos os planos de saúde cobrem o procedimento?
A boa notícia é que: sim, todas as operadoras de plano de saúde devem obrigatoriamente oferecer a cirurgia bariátrica no rol de coberturas da empresa.
A medida foi instituída em 1º de janeiro de 2012, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e está em vigor desde então. Segundo o índice de qualidade da ANS, as melhores opções são oferecidas pela Amil, Porto Seguro, Bradesco, Unimed e NotreDame Intermédica.
Qual é o tempo de espera?
No caso dos planos de saúde, o tempo de espera para realização da bariátrica está relacionado à carência da contratação. Geralmente, a espera estabelecida pelas empresas é a mesma utilizada em doenças pré-existentes, ou seja, no mínimo 24 meses. É, por isso, que parte importante da cirurgia é o planejamento antecipado e a organização financeira.
Sistema Único de Saúde (SUS)
O Sistema Único de Saúde (SUS) faz a cirurgia de redução de estômago gratuitamente, em hospitais públicos e credenciados. No entanto, para ser aprovado no programa é preciso passar por uma triagem, que avalia a gravidade do quadro e as condições do paciente.
Atualmente, existem 75 hospitais do SUS para o atendimento de pessoas obesas no Brasil. Eles estão espalhados em 21 estados, de norte a sul do país, e são responsáveis por quase 20% dos procedimentos realizados anualmente.
Requisitos para operar pelo SUS
Para ser atendido pela rede pública, o paciente deve cumprir os requisitos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Isto é, precisa ter entre 16 e 65 anos, IMC igual ou maior que 40kg/m² ou maior que 35kg/m², com comorbidade comprovada em laudo médico.
Além disso, o indivíduo deve passar pela avaliação completa com diversos profissionais da saúde, não possuir contra-indicações para a cirurgia e ter falhado em outros métodos de emagrecimento.
Qual é o tempo de espera?
Uma das questões que interferem na escolha do SUS para realização da bariátrica é a fila de espera. Em média, o paciente pode esperar de 6 meses a 4 anos para ter o procedimento agendado, dependendo do estado e da cidade em que está.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, em novembro de 2021, mais de 5 mil pessoas ainda aguardavam na fila para a cirurgia bariátrica no sistema público de saúde de São Paulo.
Quais são os custos pós-operatórios?
Outros custos, que devem ser levados em consideração no planejamento financeiro para a realização da cirurgia bariátrica, são as despesas do pós-operatório. Assim como a preparação para o procedimento, os cuidados após a operação devem entrar na contabilidade para que o cálculo final seja feito.
Vitaminas
Começando pela suplementação vitamínica. A cirurgia de redução de estômago faz com que o órgão não absorva a mesma quantidade de vitaminas e minerais como antes. Além disso, como o organismo tem o seu funcionamento alterado, o paciente pode apresentar dificuldade para consumir uma série de alimentos e bebidas, por um período prolongado.
Para evitar problemas relacionados à desnutrição, é recomendado o uso de polivitamínicos e suplementos que fornecem as quantidades necessárias para o funcionamento pleno do organismo.
Dentre as opções, a Belt Nutrition tem uma linha completa para bariátricos, com combos promocionais ideias para os cuidados a longo prazo. Além de prático, esse formato ajuda muito a reduzir os custos no pós-operatório.
Alimentação
Apesar da alimentação ser um custo diário na vida de qualquer pessoa, o paciente de cirurgia bariátrica precisa considerar o valor de uma dieta programada, feita sob orientação de um nutricionista.
A adaptação à nova rotina alimentar exige persistência e acompanhamento profissional. É preciso levar em conta as limitações físicas causadas pelo procedimento, quais são as necessidades nutricionais de cada pessoa e como o novo cardápio vai se adequar à realidade do indivíduo.
A frequência das consultas, o tipo de abordagem do profissional e o plano alimentar que será elaborado por ele, vão ajudar a determinar os custos mensais deste aspecto no pós-operatório.
Exercícios físicos
Os cuidados físicos após a realização da bariátrica precisam ser constantes. Como falamos aqui no blog, algumas pessoas voltam a engordar mesmo depois do procedimento. Por isso, gastos relacionados à prática de atividades também devem fazer parte do orçamento.
Durante os primeiros meses de recuperação, é importante optar por exercícios de baixo impacto, como hidroginástica, pilates e caminhada. A musculação também é uma ótima atividade para acelerar a perda de peso e tonificar os músculos, mas deve ser acompanhada por um profissional.
O paciente precisa seguir as orientações de um preparador físico e considerar os custos adicionais de um personal trainer, para ter um acompanhamento direcionado ao seu caso.
Equipe multidisciplinar
Além do tratamento com suplementos, da alimentação balanceada e das atividades físicas, quem realizou a cirurgia bariátrica necessita do apoio de um grupo de profissionais multidisciplinares, que acompanharão o caso a longo prazo.
A equipe é formada basicamente por um endocrinologista, gastroenterologista, nutricionista, psicólogo, psiquiatra e clínico geral. Isso significa que, nos casos de consultas particulares, ou mesmo nos planos de saúde, os custos desses profissionais devem ser acrescentados ao cálculo final do tratamento.
Cirurgia plástica reparadora
Outro fator importante do pós-operatório, que interfere não só na saúde, mas principalmente na autoestima do paciente, é a cirurgia plástica reparadora. Ela serve para retirar o excesso de pele, que surge com o emagrecimento acelerado.
Assim como a cirurgia bariátrica, as operadoras de plano de saúde são obrigadas a oferecer esse procedimento dentre as opções de cobertura, com as devidas particularidades em relação à carência e ao contrato. Já na rede particular, a operação pode custar praticamente o mesmo valor da bariátrica, dependendo do caso e da extensão da cirurgia. O valor pode chegar a R$40 mil.
A boa notícia é que a operação também está disponível gratuitamente pelo SUS. Para ser elegível, a pessoa deve ter realizado a gastroplastia ou ter passado por emagrecimento acelerado. A avaliação é feita direto no Posto de Saúde e o paciente é encaminhado para o médico responsável.
A única desvantagem deste sistema é a fila de espera. Por ser um dos procedimentos mais solicitados na rede pública, o paciente pode ter que aguardar durante anos até a cirurgia ser agendada. No entanto, se o problema interferir na saúde do indivíduo, é possível entrar com uma ação judicial para agilizar o processo.
Conclusão
A bariátrica é um procedimento seguro e eficiente para tratar da obesidade e das doenças relacionadas ao sobrepeso. Mas, como qualquer outra operação, necessita de planejamento em todos os aspectos da vida do paciente, incluindo o financeiro.
Os gastos vão muito além da intervenção médica e se prolongam por muito tempo no pós-operatório. Por isso, é fundamental se organizar e pesquisar muito sobre o assunto. Aqui no blog, temos um post supercompleto sobre cirurgia bariátrica que pode te ajudar a entender ainda mais sobre essa questão.
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